Monday, October 06, 2008

A Estupidez


Que coisa mais linda de se falar do que a estupidez.


Vivemos num mundo estupido, com pessoas estupidas, com ideias estupidas que ás vezes nós próprios acabamos por entrar no barco.
Somos absorvidos pelo seu perfume carregado de falsas generalizações e presupostos, de facilitismos e perguiça mental.
A estupidez é não mais que um nome cientifico para o acto de renúncia aos processos mentais.
Deixamos de pensar, perdemos clarividência, esquecemos valores e verdades tornam se mentiras.
A nossa sorte é que é complicado ser estupido a toda a hora e a todo o instante, mas mesmo assim há artistas para tudo e não estranhem se esbarrarem com um destes atletas...
Se pensarmos na estupidez num sentido mais grafico seria qualquer coisa como :
As informações em vez de passarem pelo cerebro para serem devidamente processadas, simplesmente passam directamente para um dossier de frases feitas, respostas prontas e actos completamente sem nexo.
Usa a mesma base funcional do acto reflexo:
Ao picar o dedo numa agulha, o estimulo (dor ) viaja pelos nervos até chegar á espinal medula que bloqueia essa informação, não a deixando atingir o cerebro, enquanto envia ordens para o braço se mexer e tirar o dedo da agulha.
Com este processo poupa se tempo e trabalho, que em termos de sobrevivência é claramente uma vantagem.
Nas relações interpessoais ja não podemos usar o mesmo esquema. Os estimulos são complexos e, requerem outra analise mais cuidada.
Quando isso não acontece estamos a ser estupidos...
E existem tantas formas de ser estupido! Tantas que se as começasse a discriminar neste momento, nunca mais saía daqui.
Decidi então falar da estupidez no amor, assunto que me parece pertinente dada a temática que costumo tratar nos meus textos.
O Amor estupidifica de uma maneira boa. Por um lado nada melhor que não pensar demasiado á frente quando se conhece alguem, simplesmente deixar as coisas correrem sem grandes reflexões. Por outro lado quando estamos realmente apaixonados a estupidez é tão aguda que abdicamos de coisas que á dada altura eram prioritárias por exemplo : valores , amigos, ambições, projectos, por aí fora.
Queria falar do acto estupido de lutar contra essa estupidez. Não sei se me faço entender, mas é tão estupido estar estupidamente apaixonado como racionalizar a estupidez do amor. Tem que haver um meio termo, em que o eu não perca a integridade mas que esta não esmague a relação. É preciso ser invejoso sem se ficar com o bolo todo, manter o equilibrio.
Eu continuo estupido e desiquilibrado, esperando um dia resolver a equação.

Até la escrevo,

reflito,

falo de amor e,

repito...