Farto...
" Se a minha mãe me visse agora" pensava eu enquanto subia a Av. da Liberdade comodamente sentado no banco traseiro de um velho 190d , com o óculo escuro na tromba e o mp3 a cantar malcriado. Num portátil novinho dava os ultimos retoques em mais um spot institucional para a reitoria, e com um olhar importante de saloio com a mania, olhava as miudas como quem diz "queres dar uma volta no meu taxi?". BIIIIPPP BIIIIIIPPP "fodasse tu tas pior que bebado, tas atravessado!!!" grita o motorista para um labrego qualquer que com uma carrinha quase varre o taxi da face da terra, o dito labrego estica o braço , manda o motorista para o caralho e segue caminho....
Dentro do taxi o clima fica pesado, não sei se hei de rir ou chorar, pois o motorista fica com uma cara de parvo que não consigo descrever. Ele olha para mim como que pedindo permissão para vomitar toda a sua raiva mas eu faço me de esquisito , afundo os olhos no ecrã do portatil e faço aquela cara de quem esta muito ocupado para conversas, o motorista não consegue estancar um "filhos da puta, tou memo farto" tal era a força da fustração. Levanto o olhar , e faço aquela cara de "tens bom remédio" e afundo me outra vez na maquina.
Aquele desabafo continuou ás voltas na minha cabeça, perdido nos confins dos meus labirintos cognitivos até que um dia vem ao de cima , depois de ser muito mastigado, e toma a forma de "eu também estou farto".
É verdade, estou. E não é com queixinhas que vou deixar de estar, olho em frente e não vejo nada, ou melhor muito pouco, vejo as minhas forças a serem sugadas por um trabalho que cada vez exige mais de mim, mas em que não ganho nada com as crescentes exigencias. Não me parece que seja uma boa sombra para me deitar. Não me importo de trabalhar, mas se é pa trabalhar que seja a sério e seja recompensado pelo o meu esforço. Facilmente poderia me acomodar, é tão facil, até podia começar a fazer menos, ganhava o mesmo se bem que a pressão aumentaria mas só até ser rotulado como incompetente pois estou certo que me deixariam sossegado na minha sombrinha.
Não tou pa isso nem pa dar a mão há frustração, quero ser maior , fazer mais , ajudar, fazer conquistas , andar para a frente e não é neste autocarro sem rodas que vou realizar os meus sonhos.
Dentro do taxi o clima fica pesado, não sei se hei de rir ou chorar, pois o motorista fica com uma cara de parvo que não consigo descrever. Ele olha para mim como que pedindo permissão para vomitar toda a sua raiva mas eu faço me de esquisito , afundo os olhos no ecrã do portatil e faço aquela cara de quem esta muito ocupado para conversas, o motorista não consegue estancar um "filhos da puta, tou memo farto" tal era a força da fustração. Levanto o olhar , e faço aquela cara de "tens bom remédio" e afundo me outra vez na maquina.
Aquele desabafo continuou ás voltas na minha cabeça, perdido nos confins dos meus labirintos cognitivos até que um dia vem ao de cima , depois de ser muito mastigado, e toma a forma de "eu também estou farto".
É verdade, estou. E não é com queixinhas que vou deixar de estar, olho em frente e não vejo nada, ou melhor muito pouco, vejo as minhas forças a serem sugadas por um trabalho que cada vez exige mais de mim, mas em que não ganho nada com as crescentes exigencias. Não me parece que seja uma boa sombra para me deitar. Não me importo de trabalhar, mas se é pa trabalhar que seja a sério e seja recompensado pelo o meu esforço. Facilmente poderia me acomodar, é tão facil, até podia começar a fazer menos, ganhava o mesmo se bem que a pressão aumentaria mas só até ser rotulado como incompetente pois estou certo que me deixariam sossegado na minha sombrinha.
Não tou pa isso nem pa dar a mão há frustração, quero ser maior , fazer mais , ajudar, fazer conquistas , andar para a frente e não é neste autocarro sem rodas que vou realizar os meus sonhos.
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