A volta das crónicas
Em mim crescia uma vontade brutal de falar contigo Neptuno, toda esta aventura espacial tinha me desconcentrado do que gosto realmente de fazer, e mais do que o sussurro da amante eu ansiava pelo teu rugido raivoso. Olhei pela janela com a esperança de avistar um ceu azul , mas o que vi foi um ceu carregado de um cinzento deprimente, o vento também soprava frio e humido , teimosia de um inverno que insiste em não partir...Trimmm trimmmmmm "tou ! é o bruno! queres ir surfar?...hm?...ai é? olha deixa tar então!" Um tava doente, o outro diz que estuda, fulano não ta nem aí, e de repente na lista do meu telemovel ja não existem mais contactos pa companhia (ou talvez ouvessem mas estou numa fase que não gosto de andar muito atras das pessoas).
VRUMMM VRUMMM chego a rio de mouro, recolho o meu material ponho me no carro e rumo á praia. Nem sabia como estava o mar , mas tinha a certeza que eras tu quem ouvi chamar o meu nome. Fui directo ás maçãs nem sei porquê mas fui com a certeza de quem tem um encontro marcado.
Quando chego reparo que o mar e o ceu vestiram um vestido prata so para me receber, e as ondas puseram se em bicos dos pés para espreitar por cima do muro das maçãs como quisessem ver a cara de quem as ousava desafiar.
Eram lindas e quebravam uma a seguir a outra refinadas pela perspectiva do meu olhar distante, na praia não havia ninguem com quem pudesse partilhar tal cenário , e la dentro dois aventureiros boiavam por entre elas esperando a onda com o seu nome.
Vesti me rapidamente e sem pensar em mais nada corri pela areia como quem vê a sua amada do outro lado do areal, sempre a olhar para o mar calço os pés de pato, dou uma pancadinha nas costas para sentir se ainda la tinha a chave do carro e mando me de cabeça la para dentro. De repente la estava eu no meio daquelas massas de agua que se dobravam contra o fundo da praia, esperei pacientemente pela minha enquanto tentava perceber como funcionavam as coisas ali. De repente vejo a espreitar la ao fundo, até parece que acenou para mim, posicionei me e esperei que ela me abraça se. Quando chegou ao pé de mim levantou se mostrando toda a sua potência e uma formação perfeita revelando uma esquerda de revista! "brutalyde memo!!""vou em dropknee!""ou talvez não...""opá que se foda!!" e quando dei por mim a minha mão ja acariciava a parede da onda, depois foi tudo muito rapido speed speed speed speed saí! Olhei pa tras e ainda a vi a escangalhar se na areia...que onda...com um sorriso a formar se nos labios viro a prancha e começo a remar mais uma vez la para fora. Apanhei mais umas quantas que me deram igual ou maior prazer, mais uns voos á maluka dakeles que quando cais ja não tas a pensar no bodyboard mas sim na familia, no cão , na infância, enfim...o desespero.
A surpresa estava guardada para mais tarde, estava eu sentado la fora na prancha quando vejo que o unico gajo que ainda tava comigo no mar bazou, talvez pq ja não se via nada pois o sol ja se tinha posto á um bocado. Quem me conhece das surfadas sabe que sofro de "medo do tubarão" ou seja se estiver muito tempo sozinho la fora começo a atrofiar de fininho e so quero é bazar, ainda por cima o cenário que era tão lindo á uma hora a tras , tinha se tornado assustador. Ondas altas cheias de força apareciam da penumbra de um luscofusquo carregado por uma leve neblina e eu ja me sentia do tamanho de uma ervilha a olhar para aquilo pensava "baza chaval baza" "epa mas não vou sair a dar ao pé""va caralho passa essa merda" e de repente vejo me no meio de duas lutas, a luta fisica que travava contra o set vassoura que não me deixava chegar la fora e a luta psicológica entre o meu medo e a minha casmurrice. Ganha sempre a casmurrice eheh depois de quase ter um ataque de panico la apanhei uma marreca ridicula que me levou de volta para a praia ja vestida de noite.
Obrigado mais uma vez Neptuno.
VRUMMM VRUMMM chego a rio de mouro, recolho o meu material ponho me no carro e rumo á praia. Nem sabia como estava o mar , mas tinha a certeza que eras tu quem ouvi chamar o meu nome. Fui directo ás maçãs nem sei porquê mas fui com a certeza de quem tem um encontro marcado.
Quando chego reparo que o mar e o ceu vestiram um vestido prata so para me receber, e as ondas puseram se em bicos dos pés para espreitar por cima do muro das maçãs como quisessem ver a cara de quem as ousava desafiar.
Eram lindas e quebravam uma a seguir a outra refinadas pela perspectiva do meu olhar distante, na praia não havia ninguem com quem pudesse partilhar tal cenário , e la dentro dois aventureiros boiavam por entre elas esperando a onda com o seu nome.
Vesti me rapidamente e sem pensar em mais nada corri pela areia como quem vê a sua amada do outro lado do areal, sempre a olhar para o mar calço os pés de pato, dou uma pancadinha nas costas para sentir se ainda la tinha a chave do carro e mando me de cabeça la para dentro. De repente la estava eu no meio daquelas massas de agua que se dobravam contra o fundo da praia, esperei pacientemente pela minha enquanto tentava perceber como funcionavam as coisas ali. De repente vejo a espreitar la ao fundo, até parece que acenou para mim, posicionei me e esperei que ela me abraça se. Quando chegou ao pé de mim levantou se mostrando toda a sua potência e uma formação perfeita revelando uma esquerda de revista! "brutalyde memo!!""vou em dropknee!""ou talvez não...""opá que se foda!!" e quando dei por mim a minha mão ja acariciava a parede da onda, depois foi tudo muito rapido speed speed speed speed saí! Olhei pa tras e ainda a vi a escangalhar se na areia...que onda...com um sorriso a formar se nos labios viro a prancha e começo a remar mais uma vez la para fora. Apanhei mais umas quantas que me deram igual ou maior prazer, mais uns voos á maluka dakeles que quando cais ja não tas a pensar no bodyboard mas sim na familia, no cão , na infância, enfim...o desespero.
A surpresa estava guardada para mais tarde, estava eu sentado la fora na prancha quando vejo que o unico gajo que ainda tava comigo no mar bazou, talvez pq ja não se via nada pois o sol ja se tinha posto á um bocado. Quem me conhece das surfadas sabe que sofro de "medo do tubarão" ou seja se estiver muito tempo sozinho la fora começo a atrofiar de fininho e so quero é bazar, ainda por cima o cenário que era tão lindo á uma hora a tras , tinha se tornado assustador. Ondas altas cheias de força apareciam da penumbra de um luscofusquo carregado por uma leve neblina e eu ja me sentia do tamanho de uma ervilha a olhar para aquilo pensava "baza chaval baza" "epa mas não vou sair a dar ao pé""va caralho passa essa merda" e de repente vejo me no meio de duas lutas, a luta fisica que travava contra o set vassoura que não me deixava chegar la fora e a luta psicológica entre o meu medo e a minha casmurrice. Ganha sempre a casmurrice eheh depois de quase ter um ataque de panico la apanhei uma marreca ridicula que me levou de volta para a praia ja vestida de noite.
Obrigado mais uma vez Neptuno.
1 Comments:
É a ligação ao mar... infinita e dificil de descrever... É mesmo reconfortante podermos fazer aquilo que gostamos mesmo a serio. Força e abraço aqui do Edu!
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