Monday, October 29, 2007

Nem pintado...


Ás vezes ponho me a pensar em como as pessoas são capazes de ser sentimentalmente flexiveis a ponto de alterarem a sua opinião em relação aos seus próprios valores. Fecham os olhos ao que apontaram o dedo durante uma vida , e sem hesitar entregam a sua vontade á custódia de outra pessoa. Perigoso...muito perigoso...chega se ao ponto de tomar mil decisões radicais, mas sempre comtemplando o que o outro pode pensar e, mais perverso ainda, tentando manipula-lo.
Mas o engraçado deste jogo é que o fantoche somos nós, e como por magia por muito que possamos tentar ver, por muito que nos indiquem o seu lugar, não conseguimos ver os fios que nos controlam. Uma vez alguem me disse " Quando perdes a confiança por alguém, é muito dificil, diria até impossivel de recupera-la na totalidade" e como faz sentido agora...
A confiança que depositamos em alguém é como uma peça de porcelana, uma vez partida podemos voltar a colar, mas as fissuras ficam lá á vista de toda a gente, e na próxima vez que se partir irá ceder por ali e provalvelmente noutra zona visto que a peça ja está fragil.
"Voçê sozinho ja é completo e poderoso acredite! Existe um sitio em voçê que é impossivel que qualquer poder se filtre!" Gabriel o Pensador
Acho que muita gente prefere colar cacos do que aprender a viver consigo, que se apoia nos outros e/ou atira para cima de deles todas as culpas de um estado de instabilidade emocional, perdendo o foco de toda a acção que se desenrola nem mais nem menos que no seu próprio interior.
É doloroso encontrar-nos com nós próprios, ca dentro guardamos os maiores monstros, mas acreditem que enquanto não os enfrentarem e aprendenderem a controla-los o problema continuará la.
No meu caso , penso que consegui fazer o desmame... como se de uma droga dura se tratasse .O terrivel hábito de me recusar a mim mesmo e projectar nos outros os meus objectivos foi destruído. Diga se em abono da verdade que não é por isso que sou mais feliz, estar esclarecido também tem a sua parte dolorosa. Agora nada me parece puro porque na verdade nunca o foi, simplesmente não estava sóbrio, vivia encantado num mundo de amores que flutuava sobre tudo o que é impuro e sentia me feliz sobre aquele soalho podre...
Falo de uma viagem que para mim era inevitável, tinha que a fazer, não é o mapa da mina ou o caminho da felicidade. Simplesmente para mim funcionou, embora ainda sofra, ganhei visão de águia , para fora e para dentro...equipado portanto para ser feliz.
Nunca me esquecerei do passado, mas estou certo que não o quero, nem pintado...

1 Comments:

Blogger Villalobos said...

ó meu paneleiro... vê lá se com essa filosofia toda não perdes a tua alegria. um gajo tem de crescer, e cresce, mas o passado não é mentira nenhuma nem foi irreal, apenas o parece quando visto de longe. como dizem nas terras do tio sam, keep it real

6:56 PM  

Post a Comment

<< Home